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Como ter peticao inicial pronta

Você sabe o que um requerimento inicial necessita ter para ser excelente?

Vamos ver?

1 – organização e planejamento

Ao longo dos meus quase 15 anos de experiencia, compreendi que antes de anotar uma petição inicial é imprescindível prepará-la, montando a estratégia para a peça.

O advogado deve estudar bastante o caso ocorrido pelo cliente, rascunhar os pontos principais da petição, no papel ou mentalmente, traçando uma estratégia processual bem definida, inclusive já indicando os eventuais fundamentos jurídicos e consequencias esperadas.

Iniciar sem passar por essa fase é correr o risco de escrever um requerimento sem ter um rumo, o que ocasiona uma enorme perda de tempo e, consequentemente, financeira também.

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2 – Levantamento do direito material e processual

Para inserir os fundamentos jurídicos, uso um trick simples: abro um arquivo de texto à parte e insiro ali diversos os pontos jurídicos a serem abordados.

Artigos da lei material processual (CPC, art. 319), doutrina específica, jurisprudência somente, tudo que for de utilidade e importante.

E a proporção que escrevo, vai ”riscando” cada um dos pontos. Dessa forma minha mente entende, inclusive, que o trabalho está progredindo, ajuda a manter o foco e gera ainda mais energia para ir em frente, pois sabemos que, ser produtivo incentiva.

3 – Pedidos e requerimentos:

Você pensa que na situação atual do Judiciário, o juiz tem como ler atentamente todas as peças que chegam ao gabinete?

Qual a reação da maioria?

Vai direto para os requerimentos e pedidos.

Qual a justificação?

Por explicação simples: é lá que mora (ou pelo menos deveria estar) a pretensão jurídica.

Posteriormente se parte para os sucedidos e fundamentos jurídicos.

Acha ruím isso? Contudo é a realidade, dessa forma temos de encará-la.

Então, tenha atenção nos seus pedidos.

Veja se você elencou todas as necessidades ou todos os desejos do seu cliente, em termos jurídicos.

Além disso, não deixe os requerimentos para trás, eles também são importantíssimos (e o novo CPC tem novidades sobre esse assunto, como, por exemplo, o inciso VII do art. 319!).

4 – Concisão, objetividade e clareza

Estamos em pleno século XXI, tudo é muito ligeiro, movimentado, a falta de tempo se faz presente.

Encerrou-se a era da advocacia tradicional e manual em que o jurista redigia 30 ou 40 folhas numa petição inicial cheia de repetições e termos jurídicos, além dos vocabulário em latim.

Atualmente quanto mais objetiva e direta for a petição inicial, melhor será, até mesmo para o advogado, que terá uma maior “simpatia” do juiz e aumentará as chances de que sua petição seja realmente lida.

Não significa que a formulação erudita deva ser deixada de lado.

Escrever sem erros continua sendo fundamental.

Mas os exageros e os rebuscamentos podem ser eliminados.

Ser mais preciso, usar frases curtas, ser diretos, além de mostrar que sabe escever, ajudará com a qualidade da linguagem e da transmissão de ponto de vista dentro da peça.

5 – Reveja e analise

Trabalhar a petição em etapas permite revisar, depois, aquilo que foi escrito anteriormente, isso diminui as chances de esquecer pontos essenciais.

Nossa mente absorve mais e opera melhor os dados dessa maneira.

Ao ler de novo um conteúdo que escrito há um ou dois dias, surge uma nova visão sobre o assunto.

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